Ir direto para menu de acessibilidade.
Núcleos > Núcleo de Estudos de Gênero Esperança Garcia > Notícias > Vivemos o Seminário Internacional Gênero em Disputa!
Início do conteúdo da página

Vivemos o Seminário Internacional Gênero em Disputa!

imagem sem descrição.

O encontro de três dias na Universidade Federal do ABC reuniu mais de 700 pesquisadoras, estudantes, ativistas, artistas e pessoas interessadas nas questões de gênero, sexualidades, feminismos e nos estudos sobre mulheres. Entre simpósios temáticos, mesas, entrevistas públicas e atividades culturais, nos conectamos, encontramos horizontes e sonhamos com futuros transformadores, unindo a pesquisa e as experiências concretas, os avanços e os desafios. 

Os 21 eixos temáticos e espaços de discussão de pesquisas e relatos de experiências refletiram as linhas de pesquisa dos integrantes do Núcleo de Estudos de Gênero da UFABC (NEG-UFABC), um corpo coletivo diverso e multidisciplinar responsável pela realização do evento. Os mais de 400 trabalhos recebidos demostram como as professoras e estudantes da universidade estão pesquisando temas relevantes para a academia e também a importância de criar espaços para debater temas de pesquisa que se relacionam com esse vasto campo de estudos. 

Imagem do WhatsApp de 2025 10 09 às 23.00.48 6fe0342a

Abriram o seminário as autoridades locais que tem tido lugar importante no apoio às ações e pesquisas sendo realizadas pelo Núcleo de Estudos de Gênero. Nesse momento, ouvimos Sâmia Bonfim, deputada federal pelo PSOL, cujo mandato financiou a realização do Seminário; Bruna Biondo, vereadora do PSOL em São Caetano do Sul; Mônica Schröder, vice-reitora da UFABC e Michelle Sato, coordenadora do Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia da UFABC e coordenadora do NEG. 

Na nossa conferência de abertura, ouvimos a historiadora feminista Tithi Bhattacharya denunciar o genocídio palestino e fazer uma leitura do contexto através das lentes da teoria da reprodução social, argumentando como em Gaza e no território da Palestina em geral reproduzem violentas desigualdades de gênero e de classe. Encerramos o evento com a reflexão da pesquisadora brasileira Sônia Correia, que nos apresentou um panorama de como avançam as ofensivas anti gênero no mundo, a ascensão de uma direita fascista e como isso coloca os nossos campos de estudo e as pessoas dissidentes em risco. A escolha dessas duas pensadoras reflete o nosso compromisso com fazer pontes e conexões entre contextos internacionais, a partir dos territórios onde estamos, reconhecendo os elos que conectam as mulheres e as pessoas dissidentes de gênero no mundo. 

Imagem do WhatsApp de 2025 10 08 às 17.49.40 edf961b6

As mesas contaram com pesquisadoras e ativistas de diversos lugares do Brasil e da América Latina, trazendo suas perspectivas e integrando debates sobre trabalho, gênero e cuidado; gênero e educação; justiça sexual e reprodutiva e feminismos negros, latinos e caribenhos; políticas trans e travestis. Buscamos colocar em diálogo a diversidade de sujeitos políticos que compõe a universidade que queremos construir. Para isso, tivemos entre nossas convidadas pessoas de dentro e de fora da academia, pessoas negras, indígenas e de uma grande pluralidade de identidades de gênero e de sexualidade. Assim como nos eixos, os temas tiveram como objetivo alimentar as pesquisas da comunidade acadêmica, fazendo conexões com o que se discute em diferentes territórios, por outras universidades e pela militância feminista. 

Imagem do WhatsApp de 2025 10 08 às 17.49.40 c205c949

Ao longo dos três dias de evento, o Seminário contou com uma programação cultural encorpada e diversa em linguagens. Recebendo os participantes no credenciamento havia a Ocupação “Uma História para as LGBT+ do ABC”, com instalações inspiradas no Acervo História e Memória LGBT+ do ABC do NEG. No primeiro e segundo dia ocorreu a Feira do Livro que contou, dentre outros, com a participação da escritora lésbica Janaína Leslão de Diadema e seus livros infantis que abordam de maneira fantástica e delicada temáticas sobre afetos, diversidade de gênero e sexualidade e maternidade. 

No último dia, as pessoas participantes puderam contemplar a Mostra de Teatro Lambe-Lambe “Intimidade - um olhar para dentro” com a Coletiva Feminista Ponto de Fiandeiras de Santo André. Ao final, realizamos a Roda de Conversa LesBi, que convidou mulheres lésbicas e bissexuais, cujas histórias estão no Acervo, para uma troca junto ao público do evento. O encerramento do Seminário foi uma bela confraternização no bar Red Light de Santo André.

Imagem do WhatsApp de 2025 10 08 às 17.49.40 945cfd2a

Todas as atividades foram pensadas no sentido de trazer para a universidade outras linguagens e formas de expressão que tocam, sensibilizam e potencializam os assuntos que são caros aos debates propostos no Seminário. Também buscamos evidenciar as ações e produções de artistas e militantes da região do ABC Paulista, destacando seus trabalhos no território em defesa e fortalecimento das mulheres e pessoas dissidentes de gênero. Além disso, para realizar esses ricos debates e espaços de interação, lidamos com o desafio de todos os eventos acadêmicos: a garantia da acessibilidade para a participação plena de todas as pessoas. Com esforços coletivos dos docentes e discentes, garantimos interpretação para libras, espaços e atividades para crianças, sala de regulação sensorial e uma equipe permanentemente atenta. 

Acesse nossa galeria de fotos no botão abaixo!
Navy Blue and White Modern and Soft Twitch Panel

Registrado em: Notícias
Fim do conteúdo da página