Diversidade na UFABC: formação em letramento e inclusão digital

Pela democratização do acesso às tecnologias de informação e comunicação (TIC)

Consta na agenda política brasileira a universalização do acesso às tecnologias de informação e comunicação (TIC), no entanto as condições para esse acesso são desiguais, o que impacta no uso das TIC e na vida profissional das pessoas, especialmente das mulheres e, mais ainda, das mulheres negras.

Em parceria do NEG com a Casa da Mulher Trabalhadora Carolina Maria de Jesus e com a Casa Helenira Preta, identificou-se a demanda por um curso de letramento digital. Grande parte das mulheres atendidas possui acesso precário às tecnologias e à internet. A elaboração de um currículo profissional, por exemplo, não é uma tarefa simples para muitas delas, dadas as dificuldades de acesso a dispositivos e de conhecimentos para a utilização de softwares de edição de texto. Dessa forma, este projeto teve como objetivo oferecer um curso básico de letramento digital para as mulheres atendidas pelas Casas, em parceria com o Grupo de Mulheres do Núcleo de Tecnologia da Informação.

Sobre o curso

Para execução do curso, foram oferecidas duas turmas presenciais (matutina e noturna) em laboratório de informática do Campus da UFABC de Santo André. Com aulas semanais, o curso teve duração de oito semanas e contou com momentos expositivos e práticos (exercícios orientados pelas ministrantes voluntárias e por bolsistas do projeto).

Alguns dos conteúdos abordados foram conceitos básicos de computador, sistema operacional Windows, buscas na internet, documentos de texto, e-mails, planilhas eletrônicas e apresentação de slides. A avaliação das alunas foi processual, envolvendo frequência no curso, participação nas aulas e entrega do trabalho final (um currículo elaborado em aula).

O projeto recebeu 63 inscrições de mulheres da região do ABC e arredores em situação de violência e/ou vulnerabilidade social, consolidando duas turmas de 20 alunas cada. Elas frequentaram o curso como uma forma de primeira aproximação com o mundo digital e relataram um impacto positivo. O projeto também foi envolvido na disciplina extensionista de “Encontros de Gênero e Sexualidade”, contando com a contribuição de um grupo de discentes para a construção de um manual final para as participantes.

Referências Bibliográficas

BONILLA, M. H. Inclusão digital nas escolas. In: PINHEIRO, A. C. F.; ANANIAS, M.(Org.). Educação, direitos humanos e inclusão social: histórias, memórias e políticas educacionais. João Pessoa: Editora universitária da UFPB, v. 2, p. 183-200, 2009.

Integrantes

Andrea Fernandes de Lima, Bruna Cunha de Carvalho, Celina Samogin, Danilo Nunes, Debora Silva Ferreira dos Santos, Edgar Cardoso, Gabriela Alves, Gabriela Massafera, Helena Fernandes Dolfato, Lanna Lucchetti, Letícia Santos Ferreira, Luciana Aparecida Palharini, Maíra Nóbrega, Mariella Zotelli, Perpétua Muianga, Sergio Roberto Meneses de Carvalho, Silene Claro, Yasmin de Andrade Reis.